
À medida que o tempo passa se apressam as negociações políticas em torno de coligações. Se na maioria dos estados o enxadrismo eleitoral está complicado, no Maranhão o ambiente está muito mais difícil no bloco da oposição da governadora Roseana Sarney (PMDB).
O PT está sendo considerado o fiel da balança, mas até mesmo o partido está dividido entre apoiar a reeleição da filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e a campanha ao governo do deputado federal Flávio Dino (PCdoB).
Não bastasse o impasse petista, a candidatura do ex-juiz federal pode naufragar por falta de entendimento no grupo das oposições ao grupo Sarney. Pré-candidato novamente ao governo, Jackson Lago (PDT) divide a apoio das lideranças oposicionistas na coligação majoritária.
O PSDB reluta em abraçar Flávio Dino, pois o presidenciável José Serra deixaria de ter um palanque no Maranhão. Os tucanos esperam um entendimento entre o PDT e o PSDB nacional e o fim das brigas internas do PT para tomar uma decisão. Certo mesmo é o apoio do PSB do deputado Ribamar Alves.
Se a oposição se entender, as eleições para o governo do Maranhão se transformarão numa espécie de “Fla-Flu”, como quer o presidente-metalúrgico Lula da Silva nas eleições presidenciais. Nas pesquisas eleitorais, Flávio Dino teria 15% da preferência do eleitorado, Jackson Lago 23% e Roseana 43%.
Flávio teria vantagem na corrida ao Palácio dos Leões, pois 48% dos maranhenses ainda não ouviram falar dele, enquanto outros 62% desejam uma mudança na administração estadual. (Ucho Haddad)
Fonte: Blog do John Cutrim