sábado, 15 de agosto de 2009

Marcelo Tavares exige respeito do Executivo ao Legislativo estadual


o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), deu garantias, na sessão desta quinta-feira (13/08), que vai adotar as medidas jurídicas necessárias para garantir que secretários de Estado prestem informações solicitadas oficialmente por parlamentares ou que atendam à convocações.

Tavares anunciou que vai encaminhar o assunto para a Procuradoria de Justiça da Casa, para que tome as medidas necessárias para garantir o cumprimento da Constituição, que assegura aos parlamentares direito a informações e à convocação de secretários, através de aprovação em plenário.

O plenário foi informado pelo presidente da Assembleia que ele já determinou à Mesa Diretora “a reiteração dos ofícios de informações às autoridades estaduais elencadas para que, no prazo de 10 dias, responda a esta Casa os requerimentos de informação que foram aprovados em plenário e pela Mesa”.

Marcelo Tavares garantiu que se os secretários, então, continuarem a se negar a prestar as informações ou atender convocações, os casos serão remetidos para que a Procuradoria da Casa “tome as medidas previstas na Constituição do Estado do Maranhão”.

Tavares assegurou que “esta Casa não será omissa em relação ao descumprimento da Constituição do nosso Estado”.

fonte: site da Assembléia Legislativa

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quatro anos sem Miguel Arraes, o guerreiro do povo brasileiro


Nesta quinta-feira (13), quando se completam quatro anos da partida de um dos maiores líderes da política e do socialismo brasileiro, Miguel Arraes de Alencar, será celebrada em Recife, na Igreja Matriz de Casa Forte, às 19h, missa em sua homenagem. Um dos mais respeitados sacerdotes da capital pernambucana – que foi auxiliar do ex-arcebispo Dom Hélder Câmara por longos anos –, padre Edvaldo Gomes, será o responsável pela cerimônia.

Arraes, o guerreiro do povo brasileiro, foi o último representante de uma geração que marcou a história recente do país, ao lado de Tancredo Neves, Leonel Brizola e Ulysses Guimarães. Ex-governador de Pernambuco por três mandatos, presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) de 1993 a 2005 e deputado federal – também por três mandatos –, Arraes foi forte referência para a esquerda brasileira, sendo também um dos articuladores do apoio do PSB à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Para o presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, – que é neto de Arraes e o acompanhou em grande parte de sua trajetória política – “Dr. Arraes foi um dos grandes brasileiros que contribuíram para que o país fosse hoje mais igual. Dedicou sua vida às causas do povo, sem nunca mudar de lado, nem de conversa”,

"Ainda que todo homem seja implacavelmente de sua época e de seu lugar, Arraes, o mais cearense dos pernambucanos e o mais brasileiro dos nordestinos, era, acima de tudo, um homem do mundo (que procurava mudar) e de todo tempo, pois seu compromisso era com o futuro", afirmou o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

Trajetória
Nascido em 15 de dezembro de 1916 em Araripe (CE), Arraes teve forte atuação na política regional pernambucana. Foi para o Rio de Janeiro estudar direito em 1932. Iniciou sua vida pública em 1947, indicado por Barbosa Lima Sobrinho para a chefia da Secretaria da Fazenda pernambucana pelo ex-presidente do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool).

Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas (UDN) — representante das oligarquias canavieiras de Pernambuco.

Com o golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas (sede do governo estadual). Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não trair a vontade dos que o elegeram". Em conseqüência, foi preso na tarde do dia 1º de abril. Deposto, foi encaminhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.

Exílio
Concedido o habeas corpus, Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Arraes cogitou pedir asilo ao Chile - neste país, entretanto, houve pouco tempo depois o golpe militar de Pinochet. Sem escolha, Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha problemas sociais parecidos com os do Brasil.

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 2 de março de 1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão, foi pelo crime de "subversão".

Anistia
Em 1979, volta ao Brasil e à política. Elegeu-se deputado federal em 1982, pelo PMDB. Em 1986 vence as eleições para governador de Pernambuco, ainda pelo PMDB. Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como o Vaca na corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu de palha, que empregava canavieiros no período de entre-safra, na construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi à eletrificação rural. Esse trabalho serviu de referência para a implantação, décadas depois, do programa "Luz para Todos", do governo federal. Ele também apoiou sindicatos, associações comunitárias e ligas camponesas, transformando-se em um mito para os populares que o chamavam carinhosamente de "Dotô Arrai" e "Pai Arraia".

Em 1990, filia-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). É eleito mais uma vez governador em 1994, aos 78 anos. Em 2002, com 86 anos, vence sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do estado de Pernambuco. Neste seu último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu partido, o PSB, da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia na primeira gestão de Lula, destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco, também pelo PSB.

fonte: site do PSB

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ciro Gomes: "Marina implode candidatura de Dilma"


Em entrevista ao Jornal Valor Econômico, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse que considera hoje o risco de derrota do governo nas eleições presidenciais de 2010 "muito maior" do que a possibilidade de vitória. Como sinal da fragilidade da estratégia do Palácio do Planalto, cita o potencial de estrago de uma possível candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República. Se aceitar o convite do PV e entrar na disputa, Marina, na opinião de Ciro, "implode" a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Confira abaixo a entrevista do deputado socialista Ciro Gomes à jornalista Raquel Ulhôa.

Ciro ainda não decidiu se vai concorrer a presidente ou a governador de São Paulo. Acha que a decisão só deve ser tomada em abril de 2010, após análise da evolução do processo eleitoral. A prioridade, diz ele, continua sendo a Presidência da República. Não descarta a disputa ao governo de São Paulo, desde que isso faça parte de uma estratégia nacional para dar continuidade ao projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas, se decidir concorrer ao governo de São Paulo, Ciro avisa que não vai cumprir a "tarefa mesquinha de atacar" José Serra, a quem avalia como "um grande governador", embora mantenha as críticas à sua participação no governo Fernando Henrique Cardoso.

Em entrevista ao Valor, Ciro diz que as pesquisas mostram a limitação da transferência de voto de Lula a Dilma. Prevê que, na campanha, ela terá dificuldades de defender os avanços necessários ao país. Sobre a crise do Senado, situa o senador José Sarney (PMDB-AP) apenas como "parte" do problema. "O problema é a hegemonia moral e intelectual frouxa que preside hoje o Congresso brasileiro. Não é só o Senado não", diz.

Na quarta-feira da semana passada, depois de conversar com Lula, o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), reuniu-se com Ciro, o secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES), e o primeiro vice-presidente, Roberto Amaral. Avaliaram que o processo sucessório está incerto e a evolução da candidatura Dilma é uma incógnita. Por isso, o partido ainda não deve abrir mão, a mais de um ano da eleição, da possibilidade de Ciro ser lançado candidato a presidente. Parte do PSB acha que Lula não deve colocar todas as fichas num candidato só.

Essa avaliação deverá ser levada para Lula no encontro de quarta-feira, do qual o PT também participará. Segundo Ciro, não há chance de a questão da disputa ao governo de São Paulo ser decidida na reunião. A seguir, a entrevista.

Valor: As articulações em torno da possibilidade de sua candidatura ao governo paulista cresceram. Sua opção hoje é a Presidência da República ou São Paulo?

Ciro Gomes: A Presidência. Claramente. Sem qualquer tipo de dubiedade e vacilação. Agora nós compreendemos que está em jogo o futuro do Brasil. E o futuro do Brasil exige que todas as pretensões pessoais e partidárias, legítimas que sejam, sejam postas em segundo plano. Nossa avaliação unânime no PSB é que, da forma como as coisas estão postas, hoje a tendência é que esse projeto que defendemos está ameaçado de perder as eleições.


Valor: De que coisas o senhor fala?

Ciro: A se dar crédito à notícia média dominante de que o presidente Lula resolveu escolher a Dilma candidata, compor a chapa com o PMDB e convocar os correligionários, parceiros e aliados para um plebiscito contra o candidato do PSDB, que hoje seria o governador José Serra, achamos que o risco de perder a eleição hoje é muito maior do que a possibilidade de ganhar.

Valor: Por que?

Ciro: Há um conjunto de fatores. Primeiro, fadiga de material. Segundo, as contradições, que não são pequenas, desta coalizão PT-PMDB. Essa crise do Senado é só uma caricatura disso. Só quem suporta isso é o Lula, porque tem um capital político único. O risco de perder a eleição é real nessas bases, como de ingovernabilidade para qualquer um de nós, sem o capital político e a interação que o presidente Lula tem com a população. Isso guarda coerência com a história do Brasil. Juscelino não fez o Lott [marechal Henrique Lott, ministro da Guerra no governo Juscelino Kubitschek e candidato a presidente derrotado, em 1960, por Jânio Quadros, candidato da oposição]. Não fez o sucessor, tendo sido o presidente mais popular do país. E as pesquisas são eloquentes na indicação do que estou querendo dizer.

Valor: Mostrando dificuldades da candidatura da ministra?

Ciro: Claramente, porque há um limite para essa coisa da transferência de voto. A eficiência da transferência dos 70% de apoio ao Lula a ela está pela metade. Então, ela pode ir a 35%. Tudo bem, é muita coisa. A Dilma tem grandes virtudes, vai agregar outros atributos além do apoio do Lula. Não tem nenhuma crítica a Dilma. Pelo contrário. Ela é uma pessoa maravilhosa, perfeitamente votável para qualquer tarefa. A questão é que o Brasil mudou. É uma questão delicada, porque somos parceiros. Mas queremos que o presidente nos ouça e pense no que vamos dizer para ele. Eu, especialmente, falarei com a maior clareza e franqueza, porque acho que é um momento crítico para o Brasil. Está marcada uma grave crise política em 2010.

Valor: O senhor pode explicar?

Ciro: É uma maioria amorfa a que temos na base aliada do Congresso e na coalizão partidária, cujo cimento é fisiologia, clientelismo e, infelizmente, muita corrupção. Isto é compensado pela exuberância do Lula, da liderança legítima que ele tem. Qualquer outro vai viver essa crise, se começar em cima de uma estrutura esclerosada como essa, sem renovação, sem nova utopia, sem novos projetos, sem uma nova agenda. O PMDB tem cinco ministros, tem o presidente da Câmara e do Senado e está com Lula. Se o Serra ganhar, no dia seguinte essa gente vai aderir a ele contra seis ministérios, presidência do Senado, da Câmara, do Supremo, da CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil]. A governabilidade será garantida, mas mediante a manutenção desta hegemonia moral e intelectual fisiológica e clientelista.

Valor: Como é que a crise do Senado, que atinge o senador José Sarney (PMDB-AP) e divide a base, pode ser interpretada nesse contexto?

Ciro: Revela com grande força caricatural o que estou tentando dizer. Este segundo semestre será tumultuado para nós. Hoje tem essa novela em cima do Senado e do Sarney. Acabando essa novela, tendo acumulado um desgaste, vem a novela da Petrobras, que será muito quente. Depois virão outros. Vai estourar em 2010. O Lula já precificou isso e aguenta. Está provado. Ele defende o Sarney e aguenta. Defende o Renan e aguenta. Confraterniza com Collor e aguenta. Quero saber se eu aguento, se o Serra aguenta, se a Dilma aguenta. Ninguém mais aguenta.

Valor: O PSB liberou seus senadores para tomar a posição que considerar conveniente na crise do Senado. O senhor acha que o senador Sarney deve ser defendido?

Ciro: Não me sinto obrigado a isso. Apenas lembro que Sarney não é o problema. Pode ser parte dele. O problema é a hegemonia moral e intelectual frouxa que preside hoje o Congresso brasileiro. Não é só o Senado não.

Valor: Essa avaliação sobre os problemas da coalizão será feita ao presidente na reunião desta semana, da qual o PT vai participar?

Ciro: Algumas coisas direi a ele só pessoalmente. Essa questão é a pragmática. Mas tem uma outra, não menos grave, ou mais grave ainda, que deriva de uma constatação que eu tenho de que a presença do Lula no governo brasileiro melhorou o Brasil em todos os aspectos, sem exceção de nenhum. Porém, essa é uma constatação que se faz olhando para o retrovisor. Ou seja, comparado com o que era, tudo melhorou. Porém, o que vai estar em discussão em 2010 não é o Lula, não é a avaliação do Lula, é o futuro do país. E aí você tem graves problemas. Primeiro, o presidente conciliou, na minha opinião de forma muito frouxa, o segundo mandato, para esconjurar essa escalada golpista que o ameaçou no primeiro mandato, e não conseguiu institucionalizar nenhum dos grandes avanços que promoveu.

Valor: Quais foram?

Ciro: Só para citar os mais importantes para a vida do povo: a política de salário mínimo, a estratégia da Petrobras, as políticas compensatórias, a política de crédito (saiu de 13% para 43% a proporção de crédito no PIB brasileiro). Mas era o Lula contra o governo. Nada disso é institucional. A segunda questão é o avanço. É natural um governante, tanto mais do principal partido da esquerda brasileira que está no governo há oito anos, perder um pouco a energia de propor reformas e mudanças. É quase uma contradição em termos. Como é que a Dilma vai falar em mudança, se ela é a continuação? E a questão é: o Brasil pode parar? A educação pública está boa? A saúde pública está boa? A segurança do povo está boa? A mobilidade urbana nas cidades está boa? As essencialidades da vida do povo estão boas? A proporção de manufaturados na plataforma de exportação, a velocidade com que o Brasil supera seu hiato tecnológico-científico está correta? São essencialidades. E aí você pode correr o risco - provavelmente estamos já correndo o risco - de a turma que quer voltar ao passado, a turma do Fernando Henrique, assumir esse discurso. Mais do que o pós-Lula: a reforma, a ética, a eficiência do serviço público, as mudanças que o país precisa... Não é uma mudança para negar nada do Lula. É uma mudança que só se viabilizará porque o Lula avançou extraordinariamente.

Valor: O senhor acha que a ministra Dilma não teria condições de conduzir esses avanços?

Ciro: A Dilma pode. Qualquer um de nós pode. A questão é que tipo de coalizão política, que tipo de debate será feito. Nossa preocupação no PSB é que ela terá grandes dificuldades. Veja como seria, de forma caricata, esse debate: a Dilma, que tem todos os dotes para isso, pode dizer que o Brasil precisa manter o que está bom e avançar em tais e tais mudanças. O Serra, de lá, diz: ´vocês tiveram oito anos, por que não fizeram?´ Aí ela responde de cá: ´e porque vocês em oito anos não fizeram?´.

Valor: O senhor acha, então, que o presidente está errando na estratégia da sucessão?

Ciro: Vou refletir sobre a notícia média. Acho que ele está fazendo de forma genial certo. Por que? Ponto número 1: na contramão da tradição de todo governante, que quer postergar sua sucessão, o Lula antecipou ineditamente. Porque ele, mais do que ninguém, conhece o PT. Se ele não põe a mão numa pessoa que pode dispor politicamente como aliada, para ficar ou para sair, para compor ou descompor, para brigar ou para conciliar, uma hora dessa os diversos grupos em que se reparte o PT estariam tentando, com dossiês e caneladas por baixo da mesa, impor ao Lula nomes. Segundo: naquela data, quando ele fez isso, havia uma cogitação de terceiro mandato. Ele nunca quis, nunca pediu, mas imaginou a possibilidade. Ele era obrigado a imaginar isso. Tinha que ter uma candidatura que poderia, amanhã, dizer que houve uma mudança constitucional e que tenho dever com o país de continuar.

Valor: Com o senhor sendo vice da ministra, mudando o perfil da chapa, seria mais fácil assumir o discurso da mudança?

Ciro: Eu acho temerário. Não há razão, do meu ponto de vista, para que se ponha o país no risco de um mano a mano para deslindar essas coisas no primeiro turno.

Valor: Qual seria o efeito da entrada da senadora Marina Silva (PT-AC) na disputa?

Ciro: Esta variável nova mostra as dificuldades (da candidatura governista) com precocidade. Está na mão da Marina. Se ela aceitar a convocação do PV, ela implode a candidatura da Dilma. Implode. Então, tem muitas variáveis por acontecer. O Serra recua ou não recua? A Marina é candidata ou não?

Valor: É por isso que o senhor diz que a decisão do PSB sobre a candidatura presidencial ou o governo do Estado não deve ser tomada agora?

Ciro: Essa é a posição do PSB. Nós nos reunimos ontem à noite (quarta-feira), fizemos uma avaliação e há uma convergência de percepção do momento. Todos nós achamos que o tempo é essencial para que a gente deslinde essa vontade que nós temos de convergir com o Lula nesta ou naquela direção. Há um ano eu disse que a tendência era a gente perder a eleição. E essa tendência está se consolidando. Há um passo que está na mão do PSDB, que é o Serra resolver ser candidato à reeleição em São Paulo e apoiar o Aécio. Nesse caso, a eleição está perdida, na minha opinião. É simples entender. Não é profecia. O Serra apoiar o Aécio significa que recuou voluntariamente. Dá vitória para Aécio em São Paulo. O Aécio sai com 80% em Minas - que o Serra não tira nem com apoio do Aécio - e entra mais fácil no Rio de Janeiro, no Norte e no Nordeste. E no Sul os níveis de aprovação do governo Lula estão bem mais baixo.

Valor: Em que condições o senhor disputaria o governo de São Paulo?

Ciro: Eu estou com a vida ganha. Não preciso ser candidato a nada. Posso ser candidato a presidente ou cumprir uma tarefa como candidato a governador do Rio ou São Paulo - mas desde que seja dentro de uma estratégia que consulte o melhor interesse do povo brasileiro. Senão eu não topo. A prioridade do partido é a Presidência. Eu não sou candidato a governador de São Paulo. Nunca pretendi. Considero extremamente honroso a lembrança do meu nome, um desafio que não sei sequer se estou à altura, e cumpro tarefas.

Valor: Como, por exemplo, disputar em São Paulo para minar a candidatura de Serra a presidente?

Ciro: Quero dizer isso formalmente: se engana redondamente quem imagina que eu, eventualmente aceitando o desafio de ser candidato a governador de São Paulo, vou cumprir uma tarefa mesquinha de atacar o Serra. Ao contrário: acho ele um grande governador. Já estou adiantando aqui: acho ele um grande governador. E acho que deveria continuar governador. Acho que seria um péssimo presidente da República, não porque tenho animosidade pessoal, mas porque foi ministro do Planejamento por quatro anos do governo FHC, data na qual o país quebrou, a divida pública quase dobrou, a carga tributária explodiu. Depois foi ministro da Saúde e não fez rigorosamente nenhuma transformação institucional, como, a rigor, nós também não fizemos.

Valor: O senhor tem até o fim de setembro para trocar o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, se quiser disputar a eleição lá. Pode disputar governo, Presidência ou qualquer outro mandato. O senhor admite como opção candidatar-se novamente a deputado federal para puxar uma grande bancada?

Ciro: Não serei. E ponto final.

Valor: Qual a chance de sua candidatura a governador do São Paulo ser definida na reunião desta semana?

Ciro: Nenhuma chance. Pode botar isso com exclamação. E a remota chance de eu ser candidato a governador de São Paulo exige que eu entenda de que grande projeto nós estamos falando.

fonte: site do PSB

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lobos internos


Certa noite estava dando uma volta pelos blogs e aproveitei pra dá uma paradinha no blog do Robert Lobato, blogueiro a quem eu respeito, e li esse texto postado por ele, talvez alguém não tinha tido a oportunidade de ler... vou posta-lo para que os amigos façam uma reflexão.


Um velho Avô disse ao seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo, que lhe havia feito uma injustiça:
“Deixe-me contar-lhe uma história.”

Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que aprontaram tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram.

Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo.

É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra.

Lutei muitas vezes contra estes sentimentos…”

E ele continuou: “É como se existissem dois lobos dentro de mim.

Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender.

Ele só lutará quando for certo fazer isto. E da maneira correta.

Mas, o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira!

Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo.

Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes.

É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma!

Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”.

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou:

“Qual deles vence, Vovô?”

O Avô sorriu e respondeu baixinho:

“Aquele que eu alimento mais freqüentemente”.

(Autor desconhecido)

fonte: blog do Robert Lobato

Lula vai reunir PT e PSB para discutir Ciro

Presidente e governador de Pernambuco acertam reunião para tratar de aliança em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai cuidar pessoalmente das negociações para a eventual candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a governador de São Paulo, ano que vem. Em almoço ontem com o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Lula acertou para a próxima quarta-feira uma reunião dos dois com dirigentes do PT e do PSB para tratar da aliança dos dois partidos nas eleições de 2010.

Lula quer costurar o apoio do PT paulista à possível candidatura de Ciro no estado, com o objetivo de abrir espaço para unificação da base governista em torno da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

- Coloquei para o presidente que há declarações esparsas de pessoas, e esse não é o melhor caminho. Está chegada a hora de os dirigentes dos dois partidos sentarem com ele, para que a gente possa dizer qual a análise do PSB, como a gente está interpretando as especulações que estão aí e ouvir do PT qual a visão dele sobre a relação nacional com o PSB - disse Campos.

No almoço no Alvorada ficou acertado ainda que o presidente Lula deverá visitar as obras de transposição do Rio São Francisco nos dias 3 e 4 de setembro. No dia 11 de setembro, Lula deverá ir a Pernambuco.

fonte: O Globo

Olha eu aqui de novo!


Passei quase 1 mês sem postar no blog, isso em virtude das minhas responsabilidades no movimento estudantil, e isso de fato me toma a maior parte do tempo. Tenho que ressaltar que nunca estive tão envolvido nas atividades da JSB como agora, recentemente coordenei a bancada da JSB-MA que foi ao Congresso da UNE, fato que surpreendeu a todos visto que sou diretor da UBES e mesmo assim aceitei prontamente conduzir nossa bancada a Brasilia, por sinal nossa bancada apesar de pequena foi sem duvidas uma das mais qualitativas bancadas do nosso estado, é valido resaltar que muitas forças que atuam no M.E pouco se preocupam em levar quadros que contribuam efetivamente com os debates e principais temas de interrese da classe estudantil, muita gente que não sabe da importancia que tem o congresso da UNE para os destinos do M.E, via-se com frequencia na estrada na ida a Brasilia, nos pontos de parada onde as caravanas se encontravam, gente que congresso passado estava representando uma força e no atual congresso outra força. Mas é isso mesmo. O congresso foi ao meu ver um dos maiores congressos da UNE, inclusive porque recebemos o Presidente Lula, sim, recebemos com muito orgulho o Presidente operario, o presidente legitimamente eleito pelo povo Brasileiro, o Presidente militante de luta, das ruas, que ficou conhecido no país inteiro por lutar pelos direitos dos trabalhadores. Estavamos a vontade pra receber o Presidente, o fizemos com aplausos e saudações a quem merece a reverencia e respeito dos movimentos sociais, e o movimento estudantil e a UNE e a UBES não devem se ater a questoes superadas, estamos muito a vontade pra debater esse assunto tendo em vista que a midia tentou desvirtuar o conteúdo e o proposito da ida do lula ao congresso, o que a imprensa tem que entender, e acho até que entende mais pra polemizar... A UNE cumpriu seu papel na luta pela democracia em nosso país, foi juntamente com a UBES a grande protagonista das grandes conquistas historicas do povo brasileiro, e não vou citar as conquistas pra não ser redundante, afinal, o Brasil sabe o que a UNE e o movimento estudantil significam para o Brasil. A UNE hoje recebe um Presidente em seu congresso porque muitos lutaram para que isso acontecesse, afinal pra que serve a democracia senão para o povo dialogar com poder? quer dizer então que a luta dos estudantes na decada de 60, foi uma luta sem proposito? ora se nossos pais lutaram por um país democratico e nós lutamos pelas diretas pra que pudessemos eleger pessoas do povo para ocuparem os espaços, que mal tem então as entidades da sociedade civil organizada receberem em seus eventos e congressos os detentores de poder? é meio sem logica né? de que serviu a luta? as prisões? as mortes? Enfim, acho que dizer que UNE é chapa branca porque recebeu o Presidente Lula no Congresso é uma tremenda corvadia, o Governo Lula avançou significativamente o quadro da educação Brasileira, a criação ousada do PROUNI e do ENEM, a ampliação das universidades através do REUNI, a ampliação de vagas e o melhoramento das politicas de acesso, são conquistas dos estudantes no governo Lula, por tudo isso, acho que o Lula merece aplausos e é ligitimo para estar em qualquer espaço com a UNE e os Estudantes.

No mais estou de volta as telas pra postar nossa opinião a respeito das pautas que nos propussemos a debater..

Hasta la vista Compañeros!